O
meio é atraente. O meio é aconchegante. No centro, eu me sinto
seguro. Eu, egocêntrico, óbvio em demasia. O que é seguro também é mediano: é morno, é vapor, é gás. É nada. É sozinho.
No
meio, as pessoas me vêem, mas não me enxergam. Eu no centro novamente, com essa
forma nada libertadora. Deixa eu sair daqui... Deixa? Enunciar. Eu. Calado.
Eu
penso em tudo e não penso em nada. Me perguntam: “por que tantos pronomes
pessoais?”. Entre gritos, eu continuo o mesmo. Uma vez me disseram pra eu não
me preocupar: “ser menos complicado, deixar de lado a minha metalinguagem.”
Pensei resignado, cambaleei pelo passeio até ficar frouxo novamente. Horas
depois, lembrei que sou isso.
E
assim fica mais um registro de minha indefinição e a incapacidade de me desprender
do eu. Era pra ser uma reflexão sobre comodismo, ou algo assim. O que se tornou?
Um retrato do meu problemático egocentrismo. “Eu que não sei quase nada do mar”
e que não abro espaço para o outro. Egoísta? Talvez!
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