Vozes
se erguem e o clamor do povo ecoa, a rua segue extensa e o
sol forte oprime. Um alguém, mais um, suporta a opressão do excesso de luz.
Qualquer que tenha sido o fenômeno não teve força para bloqueá-lo. Nada poderia parar
uma vontade. Nada.
Com botas pretas cada vez mais aceleradas e pés que maquinavam roboticamente na areia
confusa, o calor vaporoso fazia a roupa colar ao corpo. Desconforto. Ausência de
pensamentos.
O
morro descia. Declínio. Vale. Tiros começam e fazem o oposto cair. O que estava
na frente expirou. Aquele vazio corpo deixou-se. Justiça feita. Então, depois
do dito, as vozes calaram-se. Bocas atadas. A metralhadora oral escapou toda a
revolta que contida estava. Diferente do dia, a história se foi e a ação
também.
Revoltas
libertas é uma represa rompida.
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