Como enxergar o mundo? Inegavelmente este é um questionamento bastante
subjetivo. Você leitor, por exemplo, enxerga o mundo de uma determinada
maneira. Eu, por minha vez, tenho minha visão toda particular do mundo que me
cerca.
As relações entre as
pessoas estão cada vez mais superficiais. O que achamos que havia mudado, não
mudou e, talvez, nunca mudará. Estou falando do preconceito; o câncer
social que destrói as células do amor e do respeito. Preconceito este que se
manifesta, não apenas da maneira tradicional, chapada, o homem que bate no
homem por ser homossexual, por exemplo. Falo aqui do ‘não respeito’, da ‘não
inserção’ e da falta de oportunidade borbulhante, em ponto de ebulição, que
pessoas "inadequadas visualmente" passam.
Como
já disse Carlos Drummond, "Vai Carlos ser gauche na vida", eu me
aproprio de suas palavras e digo: "Vai Brian ser gauche na vida". O
mundo contemporâneo aborda o tema BELEZA como algo fundamental, principal
motivador do sucesso das pessoas. Eu digo que não, na minha autonomia de um
feio militante, afirmo reconhecer a minha situação de feio e inteligente. Minha
vida não é alheia ao sucesso.
Escrevo
esse texto motivado por uma reflexão, recorrente desde que li o livro "Feios"
de Scott Westerfeld. O livro mostra um mundo futurista (distópicamente), em que
a beleza é um importante demarcador social.
Na obra, é exposto geograficamente esta divisão, já que os feios moram na Vila Feia, enquanto os bonitos (perfeitos), transformados pela operação plástica disponibilizada pelo governo, moram do outro lado do rio, na cidade Nova Perfeição.
Taly Yangblood, personagem principal e narradora do livro é uma garota que, ainda feia, se encontra ansiosa para ser transformada e poder mudar-se pra o outro lado do rio.
Na obra, é exposto geograficamente esta divisão, já que os feios moram na Vila Feia, enquanto os bonitos (perfeitos), transformados pela operação plástica disponibilizada pelo governo, moram do outro lado do rio, na cidade Nova Perfeição.
Taly Yangblood, personagem principal e narradora do livro é uma garota que, ainda feia, se encontra ansiosa para ser transformada e poder mudar-se pra o outro lado do rio.
É sobre
o outro lado do rio que eu quero falar, do lugar onde "tudo de bom
acontece", onde a beleza reina. De acordo com o senso comum, manipulado
pela imposição da beleza imperadora, quem é feio não tem espaço. Nós sempre
estamos cinco passos atrás dos encaixados socialmente.
Eu digo que essa visão já é demasiadamente desgastada, pois representa um lado em que a aparência tem mais importância do qualquer outro atributo.
Não devemos nos apegar as bundas rebolativas da TV, ou do rostinho perfeito da Madonna, alterado por recursos computadorizados em seus clipes. Tudo é planejado.Somos um jardim repleto de flores, cada uma com suas características. E se, por acaso, houver tristeza que causa a imobilidade, lembrem-se: dentro da árvore, mesmo seca em seu exterior, ainda corre uma seiva cheia de vivacidade.
Eu digo que essa visão já é demasiadamente desgastada, pois representa um lado em que a aparência tem mais importância do qualquer outro atributo.
Não devemos nos apegar as bundas rebolativas da TV, ou do rostinho perfeito da Madonna, alterado por recursos computadorizados em seus clipes. Tudo é planejado.Somos um jardim repleto de flores, cada uma com suas características. E se, por acaso, houver tristeza que causa a imobilidade, lembrem-se: dentro da árvore, mesmo seca em seu exterior, ainda corre uma seiva cheia de vivacidade.
Todos nós somos capazes de ser quem quisermos.
Libertaimo-nos!
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